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quinta-feira, 4 de março de 2010

Zoo Notícias - Pesca que protege tubarões e humanos!

UM ARTIGO LEGAL PRA VCS LEREM.... NEM TUDO ESTÁ PERDIDO!!!

Por: Sofia Moutinho

Eles não são assassinos como pintam os filmes de Hollywood. Tampouco a carne humana faz parte de seus hábitos alimentares. No entanto, ataques de tubarões a pessoas acontecem no mundo todo, inclusive no Brasil. Para mudar esse quadro, o Projeto de Pesquisa e Monitoramento de Tubarões no Estado de Pernambuco (Protuba) captura e marca esses animais por meio de técnicas avançadas que permitem acompanhar o deslocamento dos tubarões e evitar sua aproximação das praias.

Cerca de 120 ataques de tubarões são registrados todo ano no mundo. No Brasil, o Nordeste é a região com maior número de casos. Pernambuco é o campeão brasileiro desse tipo de ocorrência: 53 ataques já foram confirmados desde 1992.

Pernambuco é o campeão brasileiro de ataques de tubarões: 53 casos já foram confirmados desde 1992

O monitoramento dos tubarões é feito pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) durante o fim de semana, período em que há maior concentração de banhistas nas praias. Um barco da universidade lança o chamado espinhel a cerca de um quilômetro e meio das praias de Boa Viagem e Paiva, em Recife. O equipamento é uma corda de 8 quilômetros de comprimento repleta de linhas secundárias com anzóis em sua extremidade e colocada à meia água para capturar os tubarões que saem do alto-mar em direção à costa.

Além do espinhel, são lançadas próximas à praia linhas de espera, que têm menos anzóis e agem como uma segunda proteção, caso algum tubarão consiga furar o bloqueio do espinhel. Durante o tempo em que permanece no mar, o barco recolhe os animais fisgados e repõe as iscas nos anzóis.

Os tubarões capturados recebem duas marcações, que permitem aos pesquisadores monitorá-los. Uma é um transmissor via satélite chamado PSAT (Pop-up Satellite Archival Tags), que se desprende do animal automaticamente após 45 dias e sobe à superfície para enviar dados como temperatura da água e localização do tubarão para os pesquisadores.

A outra é um transmissor de ondas sonoras que funciona em conjunto com uma rede de receptores acústicos implantada na faixa costeira de Recife. Cada tubarão recebe uma marca que emite uma frequência sonora única. Se o animal se aproxima da costa, os pesquisadores recebem o sinal e podem identificá-lo e monitorá-lo.

“Essa tecnologia permite averiguar eventuais padrões de aproximação dos animais para as áreas de risco e de seu retorno para o alto-mar, além de ser extremamente útil na prevenção de ataques, pois possibilita estudar o comportamento das espécies agressivas”, explica o biólogo Fábio Hazin, diretor do Comitê Estadual de Monitoramento e Prevenção aos Ataques de Tubarão (Cemit) e coordenador do Protuba.

Espécies agressivas capturadas

De maio de 2004 a setembro de 2009, foram capturados 42 tubarões potencialmente agressivos, entre eles 23 tubarões-tigre e nove cabeças-chatas (foto), os maiores responsáveis pelos ataques a humanos. Depois de marcados, os tubarões que representam perigo são liberados longe da praia. Os animais que eventualmente morrem no espinhel são levados para o laboratório da UFRPE para estudos ou têm a carne doada para o Núcleo de Apoio às Crianças com Câncer (NACC).

“Se o tubarão for capturado imediatamente após o espinhel ter sido lançado, o máximo que ele vai passar é uma noite preso; mas como o espinhel permite que o animal continue a nadar normalmente, isso não causa nenhum problema”, diz Hazin. O biólogo conta que desde 2006 os anzóis comuns do espinhel foram substituídos por anzóis circulares, que causam menor trauma aos animais e aumentam a probabilidade de sobrevivência pós-captura.

Hazin ressalta que o método utilizado pelo Protuba é um dos mais ecológicos do mundo, pois a maioria dos animais capturados permanece viva. Em outros países, como África do Sul e Austrália, são usadas redes em vez de anzóis para capturar tubarões. O problema é que o sistema de redes também detém outros animais, como tartarugas e golfinhos, que acabam morrendo. “O nosso método é muito mais seletivo, além de fornecer mais informação científica sobre os tubarões por meio das marcações”, explica o biólogo.

Preocupação ambiental

O número de ataques de tubarões em Pernambuco teve um crescimento significativo com a criação do Porto de Suape, na Foz do Rio Ipojuca, em 1984. Segundo Hazin, a construção interferiu na dinâmica de reprodução dos animais e é a principal responsável pela sua aproximação da costa. A grande quantidade de matéria orgânica do esgoto doméstico lançado diariamente no mar e o aumento do número de banhistas e embarcações na praia são outros fatores que atraem os tubarões.

Para recuperar o ecossistema desses animais, desde 2006 o Protuba afunda embarcações em alto-mar, a aproximadamente 12 quilômetros da costa. Após cerca de um ano, os pontos dos naufrágios se transformam em uma espécie de recife artificial, que serve de berçário para os tubarões. Além disso, o Protuba promove, em conjunto com o Instituto Oceanário de Pernambuco, ações de educação ambiental em escolas e praias.


Ciência Hoje On-line

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Bom, agora vai minhas conclusões.
É muito bonito forma milhões de ong's e projetos para tentar suavizar a degradação ambiental que é sofrida todos os dias por milhares de seres Humanos sem consciência ambiental. Que fazer né... e os coitados são vistos nada mais nada menos que máquinas assassinas sendo que os primeiro a serem impactados e mortos foram eles, quem tem boca fala o que quer né... e quem não tem?!
Sou a favor da tecnologia sim, afinal o Brasil precisa de empregos, temos filhos pra alimentar... mas falemos um pouco mais de desenvolvimento econômico, qualidade de vida, PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, não adianta tampar o sol com a peneira... não precisamos degradar um ecossistema inteiro pra encostar o burro na sombra!!!



Valeu Galera!







2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muito boa postagem, no que espero que ajude a conscientizar o máximo de pessoas sobre a importância desses animais no ecossistema.

    Infelizmente, japoneses compram as barbatanas dos tubarões só para "dar mais desempenho sexual". Que isso?! Os tubarões precisam de um lugar no mundo. Mais de cem milhões de tubarões são mortos por ano. Após ter a barbatana cortada, o tubarão é jogado de volta ao mar ainda vivo.
    Pessoas mortas por tubarões anualmente no mundo: mais ou menos 20. Onde a maioria desses ataques ocorrem por erro de identidade, uma vez que humanos não fazem parte de sua cadeia alimentar, eles investem contra humanos por confundirem o nado e a silhueta com algum animal que faça parte do seu cardápio (os tubarões não dispõem de uma boa visão).
    Tubarões mortos por humanos: milhões.
    Quem é mais selvagem?!
    Tomara que nunca aconteça de chegar o dia em que o humano chorará amargamente quando a população destes peixes for tão mínima que o ecossistema marinho entrará em colapso, então, até o tradicional peixe frito na mesa será um passado ou até a vida de um urso ou matas inteiras que dependem deste equilíbrio, ou o ecossistema da terra entrar em colapso quando este peixe desaparecer. Os homens precisam entender que o equilíbrio para a natureza é 8 ou 80. Não existem desvios. Quando uma ponta se rompe, todo o resto entra em perigo.

    No que deixo aqui também meus parabéns por esta postagem e parabéns pelo seu Blog.

    Um grande abraço!

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